terça-feira, 24 de setembro de 2013

filosofia para crianças?


«O tra­balho da filosofia para cri­anças acon­tece sobre­tudo através do ques­tion­a­mento. Tento, através de recur­sos diver­sos (uma história, uma fotografia, uma notí­cia de jor­nal, um acon­tec­i­mento do quo­tid­i­ano, entre out­ros), provo­car a questão nas cri­anças, o porquê. Não é a primeira vez que digo que a filosofia para cri­anças pro­move a existên­cia de cidadãos incó­mo­dos, capazes de ques­tionar o que se passa à sua volta, de criticar e de sug­erir alter­na­ti­vas (de uma forma justificada).

Nós vamos ao giná­sio ou inscreve­mos os nos­sos fil­hos numa activi­dade física para que eles pos­sam ter um corpo forte, flexível, resistente, enfim, mais saudável, certo? A filosofia para cri­anças per­mite esse «treino», mas ao nível do pen­sa­mento e este torna-​se mais forte, flexível e resistente.

Os pais e edu­cadores têm tam­bém a pos­si­bil­i­dade de «treinar» com as cri­anças, neste processo. Há que não ter medo da chamada «idade dos porquês», porque é isso mesmo que a filosofia para cri­anças pre­tende perpetuar.»

(Joana Rita Sousa em entrevista às Bonecas Intemporais)

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