«O trabalho da filosofia para crianças acontece sobretudo através do questionamento. Tento, através de recursos diversos (uma história, uma fotografia, uma notícia de jornal, um acontecimento do quotidiano, entre outros), provocar a questão nas crianças, o porquê. Não é a primeira vez que digo que a filosofia para crianças promove a existência de cidadãos incómodos, capazes de questionar o que se passa à sua volta, de criticar e de sugerir alternativas (de uma forma justificada).
Nós vamos ao ginásio ou inscrevemos os nossos filhos numa actividade física para que eles possam ter um corpo forte, flexível, resistente, enfim, mais saudável, certo? A filosofia para crianças permite esse «treino», mas ao nível do pensamento e este torna-se mais forte, flexível e resistente.
Os pais e educadores têm também a possibilidade de «treinar» com as crianças, neste processo. Há que não ter medo da chamada «idade dos porquês», porque é isso mesmo que a filosofia para crianças pretende perpetuar.»
(Joana Rita Sousa em entrevista às Bonecas Intemporais)
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